5 tipos de reservatórios para vinho 🍷

 5 Reservatórios para vinho

Uma adega é composta por diversos equipamentos vitivinícolas, cada uma com a sua caraterística e particularidade. Algumas são mais antigas com vário equipamento de madeira, enquanto outras modernas e mais sofisticadas com inox.

Em cada passo do processo de vinificação, há aspectos e parâmetros para obter um vinho interessante e característico. Hoje, quero contar sobre os diferentes reservatórios que são utilizados na vinicultura e sua influência no vinho. Apresento 5 tipos de reservatórios.

 

1 Madeira

Nas adegas tradicionais é comum a existência de equipamentos de madeira como pipas, barricas, pipos, toneis ou dornas. Armazenar vinho em barricas é uma prática muito antiga mas com as suas vantagens e características, na fase de maturação as barricas exercem seu papel mais importante. Durante esse estágio sua utilização tem o poder de alterar características e agregar elementos à bebida, elevando seu nível de qualidade de maneira significativa. Diversos compostos e propriedades presentes na madeira são transferidas ao vinho assim, características como aromas, texturas e estrutura do líquido são modificadas ao longo do processo nesse tipo de recipiente. Alem disso, a madeira acrescenta taninos ao vinho e permite a entrada de oxigénio no interior.

Dornas e barricas madeira 

2 Barro

A humanidade começou a produzir vinho há milhares de anos e os jarros de barro ou cerâmica têm sido alguns dos reservatórios mais utilizados há séculos e desenvolvidos pelos romanos. Até os dias de hoje, na Geórgia, vinhos são fermentados e guardados em ânforas ou jarros, que são enterrados para mantê-los a uma temperatura mais fresca. Em Portugal, no Alentejo são usadas talhas ou anforas (grandes reservatórios de barro) para armazenar o vinho. Pela sua textura porosa, as anforas permitem que o vinho se oxigene. O resultado é um vinho mais aberto e complexo com um estilo bem particular.

Talhas do alentejo e anforas enterradas na Geórgia 

3 Cimento

Em algumas adegas, a maioria destes lagares e tanques de cimento foram caindo em desuso e substituídos pelos tanques de inox, porém, hoje em dia estão a renascer estes reservatórios, em forma de ovo principalmente pelos seguintes motivos: primeiro, permitem fermentações mais arejadas devido à porosidade do material e, segundo, alguns os consideram mais ecológicos devido a suas propriedades termofísicas que mantém as temperaturas baixas de maneira natural, ou seja, não necessitam gastar energia para baixar as temperaturas, como é o caso do aço inoxidável. Terceiro, o mosto quando fermentando não fica paralisado, pelo contrário, por ter formas ovaladas está em permanente movimento, acrescentando aromas e estrutura ao vinho.

Tradicionais cubas em cimento a as modernas cubas ovos

4 Aço Inoxidável

Uma técnica mais atual utilizar tanques e reservatórios em inox na produção de vinho. Sejam cubas, lagares ou tanques de fermentação apresentam enormes propriedades higiênicas (são bem fáceis de lavar e os vinhos correm um risco menor de contaminação). Além disso, são muito mais simples de manipular e controlar as temperaturas de fermentação, principalmente em cubas de fermentação que incorporam cintas que as refrescam.

3 cubas de fermentação, 1 cuba armazenamento e um lagar inox

5 Plástico (polietileno)

Este tipo de reservatório é muito pouco utilizado na indústria vitivinícola, mais utilizado pelos pequenos vitivinicultores artesanais, devido ao baixo custo. Deste material existem potes, cubas de plástico, dornas e barris de plástico. Uma forma mais barata para produzir e armazenar pequenas quantidades, higiénica, é fácil de lavar, leve no transporte, resistente, porém requer cuidados com a temperatura. 


Barril e balseiro polietileno 

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