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A mostrar mensagens de outubro, 2023

Touriga nacional 🍇

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Touriga nacional , a rainha das castas portuguesas. 🍇 Não podia deixar de fazer um post sobre a casta rainha de Portugal. A Touriga nacional é uma casta autóctone e surgiu na Região Demarcada do Dão.  Antes da praga filoxera tomar conta das vinhas europeias, no final do século 19, a espécie ocupava grande parte dos hectares de vinha em Portugal, incluindo regiões como Douro e Alentejo. Após a devastação das vinhas, a produção de vinhos da casta reduziu consideravelmente, já que a espécie, embora nobre, tem baixa produtividade e exige cuidados específicos durante o processo de vinificação.  Mas a uva ganhou reconhecimento internacional e hoje é considerada a rainha das uvas portuguesas e seus vinhos nobres são apreciados nos quatro cantos do mundo. Características: Touriga Nacional apresenta bagos pequenos e coloração negro azulada. A casca espessa permite a obtenção de vinhos de tons intensos e as grainhas, por possuírem alta concentração de açúcar, geram vinhos finos de maior graduaç

O sarreiro

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O sarreiro é o indivíduo que tira, compra e vende sarro e borras de vinho.  Era uma profissão que desapareceu.  Os sarreiros andavam pelas aldeias, onde quer que houvesse adegas de vinho para tirar sarro de dentro dos pipos, tonéis ou cubas. Aproveitavam também a borra para comercializar. As borras são uma matéria viscosa que fica no fundo das vasilhas após a fermentação do vinho, e o sarro é a substância sólida que fica seca agarrada nas paredes do vasilhame. Sarreiro (foto do blog Penacova online ) Usavam uma picadeira para arrancar o sarro, uma balança para o pesar, um saco para o ensacar e um moinho para preparar as amostras do melhor sarro.  Vestia calças de cotim, colete de cotim, camisa riscada, camisola interior de algodão, lenço tabaqueiro ao pescoço, chapéu castanho, faixa preta de lã e sapatos grosseiros de cabedal. Os sarreiros forneciam as borras e o sarro a empresas para fabrico de aguardente, ácido tartárico (usado na conservação dos vinhos), produtos farmacêuticos e cos

Condução da fermentação alcoólica 🍷

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 Condução da fermentação alcoólica Conduzir a fermentação, desde o seu início até ao envasilhamento, é vigiar o trabalho das leveduras regulando-lhes as condições de vida por forma que elas sejam levadas a atuar, não no seu interesse apenas, mas especialmente em proveito do vinicultor. Esmagadas as uvas e convenientemente corrigido o mosto na acidez e desinfetado, aguarda-se que a fermentação desperte. Esse despertar pode ser demorado e depende: a) do ano e da vitalidade das leveduras, b) da temperatura ambiente, c) do tipo de recipientes usado e sua capacidade, d) da altura dentro da quadra da vindima. As fermentações carecem de uma vigia constante, assim, com um mustimetro ou densimetro e um termômetro, registam-se duas vezes por dia, de manhã e á tarde, as temperaturas e as densidades em gráficos e tabelas apropriadas. Por exemplo, umas uvas depois de esmagadas originou mosto com densidade 1082 no densímetro e 20°c de temperatura, a sua fermentação correu como se vê no quadro da ima