Adulterações e falsificações do vinho 🍷

Vinho falsificado


  Um assunto muito polémico e comentado no mundos dos vinhos: Falsificar vinhos, uma prática muito antiga ilegal. 
Na idade média era comum venderem “gato por lebre”. As tabernas londrinas foram proibidas de estocar vinhos de diferentes origens numa mesma adega (eram vendidos em barricas) para evitar que um consumidor fosse enganado ao comprar um vinho francês ou alemão, por exemplo.

  Como em qualquer outro tipo de comércio, onde há sempre negociantes inescrupulosos que não hesitam em falsificar algum produto em busca de um lucro fácil, o mundo do vinho não foge à regra.


  Contrariamente às alterações, que consistem numa deterioração ou modificação natural a que o vinho está sujeito (acetificação, diversas turvações, oxidações, etc), a adulteração e falsificação constituem verdadeiras fraudes. Isto é, são tratamentos ilegais executados com a intenção de modificar qualquer característica do vinho para promover o consumo e atribuir maior prestígio e melhor qualidade ao produto ou para lhe mascarar qualquer defeito.

  Por exemplo, é adulteração a venda de vinho como sendo de uma dada região se, na realidade, se tratar de um tipo semelhante, mas não dessa região. Trata-se de uma acção dolosa que contempla a culpa objetiva do produtor, tal como o dolo que representa o caso da falsificação. Esta última fraude consiste no acrescento ao vinho de substâncias não previstas na lei ou no excesso das doses estipuladas na lei.



Tipos de adulteração e fraudes:

• Mosto de baixa qualidade com o acréscimo de água e açúcar até obter o brix necessário para alcançar o teor de álcool na fermentação,
(O uso de açúcar, em casos restritos e em condições controladas, é aprovado pela legislação de alguns países e recebe o nome de chaptalização);

• Uso de açúcar para tornar os vinhos doces (muitos países proíbem esta prática, excepto em espumantes, vinhos aromatizados e licores).

• Uso de aromatizantes para conferir notas especiais, como madeira em vinhos que não envelheceram em barril de carvalho;

• Uso de alcalinizantes para reduzir acidez de vinho azedo;

• Combinação de vinho de boa qualidade para mascarar o de má qualidade, para que a bebida fique com sabor e aroma apreciáreis;
Mistura de um vinho qualquer em parte de um lote de uma marca conhecida para aumentar garrafas da marca conhecida.

• Incorporação de álcool etílico para aumentar a graduação alcoólica para fornecer a impressão gustativa de um vinho mais encorpado e robusto.

• Fraude do antigelo, trata-se de uma substância doce do tipo da glicerina que adicionada ao vinho aumenta a maciez e corpo.

• Fraude do metanol (álcool metílico), trata-se de um produto que se forma naturalmente no vinho a partir de substâncias corantes e pécticas, quando adicionado ao vinho com a intenção de aumentar a graduação alcoólica. Além de ser um álcool tóxico, doses elevadas constitui risco mortal para saúde humana provocando envenenamento, distúrbios de visão, falta de equilíbrio, seguidos de perturbações no fígado, pancreas, rins e todo aparelho respiratório provocado a morte.


  Contra as fraudes recomenda-se a procura de produtores sérios, desconfiando-se sempre dos que não se conhecem e não esquecendo que as análises de laboratório constituem um recurso rápido e seguro.

  Outras soluções anti-fraude adoptadas no sector atualmente passa por logotipos difíceis de replicar até etiquetas eletrônicas com QR codes. Estes não só garantem a autenticidade, mas também combatem a fraude, combatendo práticas enganosas como o reenchimento de garrafas com medidas inovadoras e sistemas de controle eficazes.


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