O cobre nos vinhos 🍷
O cobre desempenha um papel crucial tanto na viticultura quanto na vinificação, sendo utilizado para proteger as videiras contra doenças e também para corrigir problemas nos vinhos, como aromas reduzidos.
Na vinha, o cobre, geralmente em forma de sulfato de cobre, é um aliado contra o míldio e outras doenças fúngicas.
Na adega, o cobre pode ser utilizado para eliminar aromas desagradáveis em vinhos, como o odor a sulfídrico, e para melhorar o sabor e aroma do vinho.
Porém os niveis de cobre presente nos vinhos não estando em equilibrio é prejudicial, agindo como agente oxidativo.
O cobre presente nos vinhos pode ter várias origens, sendo a mais comum o uso de sulfato de cobre na vinha para controle de doenças como o míldio.
Embora o cobre seja essencial na agricultura biológica, o seu uso excessivo ou residual pode afetar a qualidade do vinho. Níveis elevados de cobre podem influenciar o aroma, sabor e até mesmo a estabilidade do vinho, especialmente em vinhos com pH elevado.
Origens do Cobre no Vinho:
Tratamento de vinhas:
O sulfato de cobre é um fungicida amplamente utilizado para proteger as videiras contra o míldio, e resíduos podem permanecer no fruto e, consequentemente, no vinho. Há quem use e faça testes com ozono para substituir o cobre nesses tratamentos, evitando resíduos.
Equipamentos:
O cobre presente em equipamentos de produção de vinho, como tanques e tubulações, pode também contaminar o vinho, embora em menor grau.
Outras fontes:
O cobre pode ser encontrado em aditivos e produtos utilizados na vinificação, embora em quantidades controladas.
Impacto do Cobre na Qualidade do Vinho:
Aromas e Sabores:
O cobre pode interagir com compostos no vinho, levando a aromas e sabores indesejados, como aromas sulfídricos (ovos podres) ou metálicos.
Estabilidade:
O excesso de cobre pode afetar a estabilidade do vinho, causando precipitação de compostos e turbidez.
Fermentação:
Em alguns casos, altas concentrações de cobre podem afetar negativamente a fermentação, tanto a alcoólica como a malolática.
A concentração de cobre tende a diminuir ao longo da vinificação, mas mesmo assim em níveis baixos também contribuem para oxidações quimicas (sem enzimas) que ocorrem no vinho engarrafado.
Regulamentação:
A União Europeia tem diretrizes para a redução do uso de cobre na agricultura, incluindo a viticultura, com o objetivo de minimizar o impacto ambiental e na saúde humana.
O limite máximo de cobre em vinhos é estabelecido pela Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV), que recomenda um limite de 1 mg/L.
Em resumo: O cobre é um elemento presente tanto nos vinhos como nos processos de produção, e seu controle é fundamental para garantir a qualidade do produto final. A redução do uso de cobre na viticultura e a monitorização dos níveis em vinhos são práticas importantes para a indústria vitivinícola.
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