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Quanto tempo leva para produzir um vinho? 🍷

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  Quanto tempo leva para produzir um vinho?  Já devem ter reparado que praticamente todas as garrafas de vinho têm o ano impresso no rótulo, certo? Aquele ano é referente à colheita e não ao ano em que o vinho chegou ao mercado.  Sim, porque há vinhos que são guardados para serem colocados à venda depois de alguns anos, pois ficam em depósitos ou barris de carvalho ou até mesmo na garrafa, descansando antes de ir para o consumidor. No hemisfério sul a colheita é feita entre fevereiro e abril e no hemisfério norte é feita entre julho e setembro.  Depois de colhidas as uvas e esmagadas, estas entram em fermentação alcoólica e após uma série de etapas de produção, o tempo até virarem vinho é de aproximadamente 2 a 3 meses. Depois disso os enólogos começam a fazer suas transformações, adicionando vinhos de outras uvas (os chamados vinhos de corte), colocando em barricas de carvalho ou deixando nos tanques de aço inox para estabilizar. Em geral o vinho é liberado para o m...

Fui visitar o maior museu do vinho em Portugal 🍷

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  Museu Nacional do vinho 🍷  Visitei o Maior e Mais Completo Museu do Vinho Português. O Museu do Vinho de Alcobaça é um museu português dedicado ao vinho e à vinha. Está localizado no centro de Alcobaça, próximo do rio Alcoa. Á chegada fomos bem recebidos pela nossa guia muito simpática e muito atenciosa. Que logo nos guiou pelas instalações. A nossa visita começou com uma explicação detalhada sobre a história da adega e do seu fundador, que adquiriu máquinas enológicas revolucionárias, o que foi uma inovação para a época, tornando a adega mais funcional. Além disso, a engenharia da época permitiu a instalação de pias de água corrente com azulejo em todos os locais de trabalho, pensando na higiene, facilitando a limpeza tanto dos espaços quanto dos funcionários, que tinham de lavar as mãos para prevenir a contaminação por pragas como a filoxera. Durante a visita ao Museu, fiquei fascinado com todo espólio museológico e pela história da vitivinicultura e enologia portuguesa. ...

Alfrocheiro 🍇

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  A casta Alfrocheiro encontra o seu território natural na região do Dão, apesar de se ter expandindo com sucesso para Sul, estendendo-se às regiões do Alentejo, Tejo e Palmela. Expansão do alfrocheiro  É uma casta vigorosa, necessitando de atenção redobrada para controlar o vigor, revelando uma propensão natural para sofrer com o oídio e a podridão cinzenta. A folha é media com a página superior verde-escura. O cacho é muito pequeno, piramidal alado e compacto. O pedúnculo muito curto e de forte lenhificação. O Bago é Pequeno, uniforme. De forma obovóide, de cor negra-azul, película de média espessura, polpa não corada, mole e suculenta. Produz vinhos ricos em cor, com um notável equilíbrio entre álcool, taninos e acidez. É essa notável capacidade para reter a acidez elevada, aliada à presença generosa de açúcares, que a torna tão oportuna nas terras do Sul. Aromaticamente sobressaem os aromas a bagas silvestres, com destaque particular para a amora e o morango maduro. Por r...

Anidrido Sulfuroso nos vinhos 🍷

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 O anidrido sulfuroso, também conhecido como dióxido de enxofre (SO2), é um composto químico usado como conservante na produção de vinho. Ele desempenha um papel crucial na proteção do vinho contra a oxidação e o crescimento de bactérias indesejadas, ajudando a manter a qualidade e estabilidade da bebida.  Nos vinhos, o anidrido sulfuroso (ou dióxido de enxofre - SO2) pode ocorrer em duas formas: livre e total.  O anidrido sulfuroso livre é a parte ativa que protege o vinho contra oxidação e crescimento microbiano, enquanto o anidrido sulfuroso total inclui tanto o livre quanto o combinado (que reage com outras substâncias no vinho). A legislação geralmente estabelece limites para o anidrido sulfuroso total, e a medição do anidrido sulfuroso livre é importante para garantir a proteção adequada do vinho.  Anidrido Sulfuroso Livre: É a forma ativa do SO2, responsável por proteger o vinho contra oxidação e crescimento de microorganismos indesejados. Sua quantidade deve ...

Casta Fernão Pires 🍇

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Também conhecida por Maria Gomes é uma das castas brancas mais plantadas em Portugal, ocupando uma mancha regular que se estende por todo o país, embora seja nas regiões do Tejo, Lisboa e Bairrada que assuma maior protagonismo. A produtividade elevada, bem como a versatilidade, precocidade e riqueza em compostos aromáticos, ajudam a explicar a popularidade. Por ser uma casta muito plástica é utilizada igualmente em estreme e lote, aceitando ainda a espumantização e a vindima em colheita tardia, para a obtenção de vinhos doces. Por regra, os vinhos de Fernão-Pires devem ser bebidos jovens. Sensível às geadas, prefere os solos férteis, de clima temperado ou quente. Os descritores aromáticos que lhe estão associados alternam entre a lima, limão, ervas aromáticas, rosa, tangerina e laranjeira. Para além de Portugal, a casta Fernão-Pires tem sido plantada com algum sucesso na África do Sul e Austrália. Expansão da uva Maria Gomes/Fernão pires em Portugal