🍇 Da vinha ao vinho: Vindima e vinificação de 2017 🍇 (Tinto)
Chega Setembro, chegam as vindimas!
“Vindima enxuto, colherás vinho puro.”
Com o fim do Verão e o inicio do Outono, as uvas ficam prontas para colher e abre-se a epoca das vindimas, considerado tradição, surge um ambiente de festa e convivio na produção do novo vinho.
De noite o ambiente de festa continua nos lagares, ao ritmo da musica esmagam se as uvas numa reunião e convivio entre amigos e familia de norte a sul do país.
Como ainda não iniciei a colheita deste ano, partilho e explico aqui como fiz a colheita do ano passado (Tinto 2017). A ultima colheita feita no lagar tradicional em casa da minha tia.
Após a limpeza de todo o material vinicola, escolhi uma data para a vindima através do controlo de maturação, iniciando assim a colheita manual na minha recente vinha.
960 kilos de uvas.
550 litros
O primeiro passo foi montar o esmagador, com ajuda de familiares e amigos começamos a descarregar e esmagar as uvas para dentro do lagar, ao mesmo tempo era pesada a quantidade de metabissulfito de potássio (K₂S₂O₅) para adicionar e misturar ao mosto criado para evitar a oxidação e bacterias indesejáveis, de modo a conservar.
Como a minha balança avariou, tive que recorrer a um amigo comerciante para utilizar a balança dele.
Após essa fase, deu se inicio ao periodo de maceração, o mosto ficou a fermentar (fermentação alcoolica) durante a noite. No dia seguinte (2°dia) fiz uma remontagem/recalque, o mosto foi recalcado e deitado abaixo para fermentar e retirar mais cor e componentes ao vinho, repetindo o mesmo processo mais 1 ou 2 vezes durante os dias que este se encontrava no lagar.
Ao 3° dia retirei uma amostra de mosto e com o mostimetro e o refratometro analisei cuidadosamente o teor alcoolico, os açucares, a densidade e a temperatura voltando a repetir o processo no final do dia, junto á noite.
No dia seguinte, (4° dia, não me recordo se foi no 4° ou 5° dia) voltei a analisar de manha e com tecnicas modernas e antigas tradicionais tentei procurar se o mosto se encontrava no ponto para ser retirado do lagar para a cuba, Infelizmente os valores pouco se alteraram. Nisto, regresso ao final do dia, voltei a analisar e utilizar as mesmas tecnicas, até mesmo com a teoria do fósforo aceso e finalmente o mosto já estava proximo para retirar, pois no densimetro já estavam os valores quase nos 1000.
Eram 00:30h da noite do dia seguinte e os valores a baixarem, ás 01:30h estava em curso a trasfega do vinho para a cuba.
Como ainda não tinha a bomba de transfega, todo esse processo de transporte do vinho para dentro da cuba teve que ser feito com cantaros e vasilhas, enquanto isso, o cadraço no lagar começou a baixar e foi necessário fazer o "pé" e montar a prensa para o espremer.
Na cuba, o vinho ficou a repousar para a borra assentar no fundo.
Foi lhe adicionada a quantidade de ácido tartárico(C4H6O6) para a correção e libertação de componentes do vinho e ao todo foram 550 litros de vinho produzidos.
Após este processo todo e já depois de uns dias o vinho repousar, pedi uma nova analise mais detalhada.
Durante esta fase, iniciou-se a 2° fermentação, (fermentação maloláctica), com muito cuidado sem oxidação, o vinho 'desdobra' e depois de uns longos meses, após a sua estabelização, o vinho deixou de estar 'cru' e realizei a trasfega para um pipo de plástico.
Nessa trasfega, enquanto o vinho escorria, adicionei a doze certa de metabissulfito de potássio (há quem adicione a solução sulforosa), para evitar a oxidação do vinho.
Este ficou a repousar durante uns 2 ou 3 meses, até ficar estável.
Logo após esse periodo, o vinho já se encontra ótimo para consumo.
Esquema-resumo das várias etapas do processo vinificação em Branco, Rosé e neste caso em Tinto:
O primeiro passo foi montar o esmagador, com ajuda de familiares e amigos começamos a descarregar e esmagar as uvas para dentro do lagar, ao mesmo tempo era pesada a quantidade de metabissulfito de potássio (K₂S₂O₅) para adicionar e misturar ao mosto criado para evitar a oxidação e bacterias indesejáveis, de modo a conservar.
Como a minha balança avariou, tive que recorrer a um amigo comerciante para utilizar a balança dele.
Após essa fase, deu se inicio ao periodo de maceração, o mosto ficou a fermentar (fermentação alcoolica) durante a noite. No dia seguinte (2°dia) fiz uma remontagem/recalque, o mosto foi recalcado e deitado abaixo para fermentar e retirar mais cor e componentes ao vinho, repetindo o mesmo processo mais 1 ou 2 vezes durante os dias que este se encontrava no lagar.
Ao 3° dia retirei uma amostra de mosto e com o mostimetro e o refratometro analisei cuidadosamente o teor alcoolico, os açucares, a densidade e a temperatura voltando a repetir o processo no final do dia, junto á noite.
No dia seguinte, (4° dia, não me recordo se foi no 4° ou 5° dia) voltei a analisar de manha e com tecnicas modernas e antigas tradicionais tentei procurar se o mosto se encontrava no ponto para ser retirado do lagar para a cuba, Infelizmente os valores pouco se alteraram. Nisto, regresso ao final do dia, voltei a analisar e utilizar as mesmas tecnicas, até mesmo com a teoria do fósforo aceso e finalmente o mosto já estava proximo para retirar, pois no densimetro já estavam os valores quase nos 1000.
Eram 00:30h da noite do dia seguinte e os valores a baixarem, ás 01:30h estava em curso a trasfega do vinho para a cuba.
Como ainda não tinha a bomba de transfega, todo esse processo de transporte do vinho para dentro da cuba teve que ser feito com cantaros e vasilhas, enquanto isso, o cadraço no lagar começou a baixar e foi necessário fazer o "pé" e montar a prensa para o espremer.
Na cuba, o vinho ficou a repousar para a borra assentar no fundo.
Foi lhe adicionada a quantidade de ácido tartárico(C4H6O6) para a correção e libertação de componentes do vinho e ao todo foram 550 litros de vinho produzidos.
Após este processo todo e já depois de uns dias o vinho repousar, pedi uma nova analise mais detalhada.
Durante esta fase, iniciou-se a 2° fermentação, (fermentação maloláctica), com muito cuidado sem oxidação, o vinho 'desdobra' e depois de uns longos meses, após a sua estabelização, o vinho deixou de estar 'cru' e realizei a trasfega para um pipo de plástico.
Nessa trasfega, enquanto o vinho escorria, adicionei a doze certa de metabissulfito de potássio (há quem adicione a solução sulforosa), para evitar a oxidação do vinho.
Este ficou a repousar durante uns 2 ou 3 meses, até ficar estável.
Logo após esse periodo, o vinho já se encontra ótimo para consumo.
vinho da pipa (prova) com S. Jorge (cenario) |
Esquema-resumo das várias etapas do processo vinificação em Branco, Rosé e neste caso em Tinto:
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