🌺 Feliz dia da Mulher 🌺 5 mulheres importantes no mundo dos vinhos 🍷



5 mulheres importantes na história do vinho. 🍷


O vinho não é apenas um mundo de trabalho de homens, estas cinco mulheres incríveis também marcaram a história do vinho! E hoje o dia é delas.

Dona Antónia Adelaide Ferreira (1811-1896)




Ficou viúva no séc. XIX e assumiu o negócio de vinhos do marido.

Carinhosamente apelidada de Ferreirinha, Dona Antónia foi a mulher que mais lutou e revolucionou a viticultura no Douro

Um dos seus maiores feitos foi, através de viagens ao estrangeiro, descobrir como combater a filoxera, aquele insecto terrível de que já falei aqui no blog. Contra a grande desconfiança de outros produtores da região, Ferreirinha teve a coragem de trazer para Portugal uma técnica inovadora que salvou as vinhas da catástrofe da Filoxera, e que ainda hoje se aplica um pouco por todo o país

Dona de várias quintas no Douro – entre elas a Quinta do Vale Meão, onde nasceu o icónico Barca Velha – a Ferreirinha chegou a ser uma das mulheres mais ricas do país.

Hoje em dia, muitas dessas quintas ainda estão na família de Dona Antónia e tudo fazem para manter e honrar a coragem e paixão com que esta mulher de armas defendeu os vinhos portugueses.

Barbe-Nicole Clicquot (1777-1866)




Nasceu no final do séc. XVIII e com 21 anos casou-se com François Cliquot de quem ficou viúva poucos anos depois.

No início do século XIX, em França, as mulheres estavam proibidas de trabalhar, votar, ganhar dinheiro, ou de estudar sem o consentimento do marido ou do pai. À excepção das viúvas, que eram as únicas mulheres na sociedade francesa a serem livres e a poderem gerir os seus próprios negócios.

Foi nesse momento que Barbe-Nicole propôs ao seu sogro assumir os negócios do marido. Este, surpreendentemente, concordou e Clicquot tornou-se assim a primeira mulher a gerir uma casa de champanhe assim como a primeira produtora de champanhe feminina. Hoje é mais conhecida pela Viúva que dá nome ao famoso Champanhe Veuve Cliquot.

Ermelinda Freitas (1931-2012)

Leonor Freitas e sua mãe Ermelinda 




Ermelinda Freitas era uma das principais produtoras e engarrafadora em Fernando Pó, freguesia de Marateca, concelho de Palmela.

A empresa foi criada em 1920 por Deonilde Freitas, que teve a continuação de Germana Freitas e mais tarde de Ermelinda Freitas, que "sempre dedicou especial atenção ao vinho".

Foi por causa da morte precoce do marido, Manuel João de Freitas, que Ermelinda deu continuidade à empresa com colaboração da sua única filha, Leonor. Apesar de ter formação fora da área vitivinícola, Leonor tomou a liderança da empresa, reforçando assim a presença feminina na sua gestão.

Na Casa Ermelinda Freitas, situada na Península de Setúbal, quem faz história são as mulheres!
 
Desde 1920 que a história desta casa se conta no feminino, mas foi Ermelinda Freitas que lhe deu o nome por que hoje é conhecida em todo o mundo.

Começou por produzir apenas vinho a granel, fornecendo muitas outras adegas da Península de Setúbal, até que chegou um ano em que um dos seus melhores clientes, por ter produção suficiente, não precisou de comprar o vinho a Ermelinda.

Esta, ao ver-se com tantos litros de vinho por vender, encontrou o mote perfeito para começar a sua própria marca no anos noventa – Casa Ermelinda Freitas.

Louise Pommery (1819-1890)




À semelhança de Cliquot, também Pommery ficou viúva no século XIX, tomando a partir daí conta do negócio de vinhos do marido.

Mas mais do que isso madame Pommery desempenhou um papel essencial no desenvolvimento do champanhe moderno como o conhecemos. Ela foi a mulher que criou o champanhe que chamamos hoje- seco

Actualmente, é normal falarmos e consumirmos Champagne seco. A categoria “brut” é o estilo mais popular. Mas nem sempre foi assim. Durante grande parte da sua história, o champanhe foi doce. Tão doce que era servido à sobremesa.

Até que madame Pommery percebeu que o mercado inglês, que sempre foi um dos mais importantes para o Champanhe, estava a desenvolver uma preferência por vinhos mais secos. Fazer um champanhe assim era um passo bastante ousado porque significava acabar com a possibilidade de mascarar defeitos frequentes do vinho, com o açúcar. Mas afinal, provou ser uma aposta vencedora e que dura até aos dias de hoje.

Até que, finalmente em 1970, arriscou concorrer ao concurso de Master of Wine e passou, sendo assim a primeira mulher na história a alcançar o tão ambicionado título.

Susana Balbo (1956-atual)




Susana Balbo é considerada a primeira dama do vinho argentino. Ela chegou a ser a primeira mulher a se formar em enologia no país, em 1981. Susana fundou a própria vinícola e não só impulsionou a uva Torrontés no mercado local, mas transformou a Malbec num ícone mundial do seu país.


Além destas 5 mulheres, existem muitas outras também com papel importante no mundo dos vinhos. 🍷

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