Os vinhos e suas designações 🍷


A entrada de Portugal na União Europeia (na altura CEE) obrigou a certas alterações na designação dos vinhos produzidos. O conceito Denominação de Origem é atribuído a vinhos que, pelas suas características, estão intimamente associados a uma determinada região: têm origem e produção nessa região e possuem qualidade ou características inerentes ao meio geográfico (factores naturais e humanos). Estes vinhos são submetidos a um elevado controlo em todas as etapas de elaboração. As comissões vitivinícolas regionais examinam os processos de elaboração e produção do vinho, de modo a preservar a qualidade e as suas características únicas.

Designações de origem dos vinhos:

VQPRD:

Significa Vinho de Qualidade Produzido em Região Determinada. Existem também as terminologias VLQPRD (Vinho Licoroso de Qualidade Produzido em Região Determinada),VEQPRD (Vinho Espumante de Qualidade Produzido em Região Determinada) e VFQPRD (Vinho Frisante de Qualidade Produzido em Região Determinada). A designação VQPRD abrange os vinhos classificados como DOC e IPR.

DOC (Denominação de Origem Controlada):

Significa Vinhos provenientes das regiões produtoras mais antigas e, por isso, sujeitos a legislação própria (características dos solos, castas, vinificação, engarrafamento).

IPR (Indicação de Proveniência Regulamentada): 

Significa Vinhos de regiões que, dentro de um prazo mínimo de 5 anos, têm de cumprir as regras de produção dos vinhos de qualidade, para serem classificadas como DOC.

DOP: 

Significa Denominação de Origem Protegida. É uma designação comunitária adoptada para designar os vinhos com Denominação de Origem e que os integra num registo comunitário único e lhes confere protecção de acordo com a regulamentação.

IG:

Significa Vinhos com Indicação Geográfica, ou seja, produzidos numa região específica e elaborados minimamente com 85% de uvas provenientes dessa região e de castas típicas da região. Estes vinhos são controlados por uma entidade certificadora.

IGP:

Designa Indicação Geográfica Protegida. É uma designação comunitária adoptada para designar os vinhos com Indicação Geográfica e que os integra num registo comunitário único e lhes confere protecção de acordo com a regulamentação.

Vinhos Regionais:

Menção tradicional para vinhos que possuem Indicação Geográfica Protegida. Por vezes são produzidos em regiões DOC, mas como não respeitam alguma regra de produção ou elaboração não são catalogados como tal. No vinho regional é admitido incluir 15% de vinho proveniente de outras regiões, utilizar castas e tipos de garrafas não autorizadas nos vinhos DOC ou encurtar os tempos de estágio. A referência à menção Regional dispensa a utilização de Indicação Geográfica Protegida (IGP).

Vinhos de mesa: 

São Vinhos elaborados a partir de selecções ou lotes (mistura de duas ou mais castas) de vinhos de várias regiões. Podem ter indicação geográfica, desde que não exista possibilidade de confusão com um VQPRD.


 Outros vinhos:


Tipos e estilos de vinhos:

- Generoso (vinho do porto)
- Branco
- Rosé
- Espumante
- Tinto
- Verde (região dos verdes- feito com uvas de origem da região dos verdes)

Classificação dos vinhos pelo açucar residual:

• V. Tranquilos

- secos: - 5g/l

- semi seco: 5 a 15g/l

- meio doce: 15 a 25g/l

- doce: 25 a 50g/l

- licoroso: + 50g/l

• V espumosos:

- brut nature: - 3g/l

- extra brut: 0 a 6g/l

- brut: - 12g/l

- seco: 17 a 32g/l

-demi sec: 32 a 50g/l

- Doux ou doce: + 50g/l

Nota: É através do controlo de densidade da fermentação alcoolica e outros métodos, que o produtor de vinho controla o açucar residual do vinho que deseja obter, por exemplo, se a fermentação alcoolica ocorrer até 1000 densidade ou seja o fim, vai obter um vinho seco. Em caso de valores de densidade superiores a 1000/ 1010 o vinho tem tendência a avinagrar pelo excesso de açucar por litro.

Corpo "textura" 

O corpo é a sensação de "textura", é junção de todos os componentes estruturais do vinho – doçura, acidez, taninos e álcool. Quanto ao corpo de um vinho, pode ser leve, médio ou encorpado, dependendo também do seu teor alcoólico. Podemos observar também através da borda do vinho. 
Por exemplo um vinho tinto é um vinho encorpado, enquanto que um vinho rosé ou um vinho branco são mais leves.



Classificação dos Tipos de vinhos:




Vinhos varietais ou monocasta: vinhos que são elaborados a partir de uma única variedade de uva.





Vinhos multivarietais ou de corte: Vinhos que são elaborados a partir de duas ou mais variedades de uvas, na adega sao misturados vários vinhos de lotes diferentes.
Os vinhos de corte tem como objetivo os produtores conseguirem um vinho mais equilibrado e completo, somando as características e qualidades individuais de cada uva. Desta forma, misturam-se, além de diferentes variedades, uvas de diferentes safras, vinhedos e condições de maturação.





Como são feitos os vinhos?


Procedimentos na elaboração de tintos, rosés e brancos

 
Processo vinificação espumantes
 (tradicional)


Vinificação de Vinho do Porto




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